O vocalista e guitarrista da banda de metal progressivo Opeth, Mikael Akerfeldt, foi entrevistado pelo programa de rádio Full Metal Jackie`s. Seguem alguns trechos dessa entrevista:
Quando perguntado sobre o grande equívoco que as pessoas têm com relação a fazer música pesada e o que faz do novo álbum do Opeth, "Pale Communion", um disco pesado para ele, Mikael disse, " Bem, acho que os equívocos são muitos. É apenas uma questão de gosto, eu acho. Enfim, pelo menos pra mim. Eu estou meio perdido sobre metal, especialmente desde que eu fiz algumas entrevistas, onde apenas dizia o que pensava e as pessoas ficavam chateadas, porque elas têm opiniões diferentes sobre o que o metal realmente é. E, pra mim, penso que devo ser velho demais , para ser honesto, para entender ( risos) o que as gerações mais novas pensam sobre o que é o metal nos dias de hoje."
Ele continuou, " Eu cresci com as bandas de hard rock e metal dos anos 70 e 80. Aquelas bandas faziam um som diversificado e tinham um monte de coisas distintas entrando em sua música, e elas eram bandas de metal no meu catálogo, mas eu não estou certo se elas ingressariam como uma banda de metal com o clima de hoje em dia, basicamente. Mas, para mim, o metal se transformou mais numa questão de atitude e penso que nós ainda temos essa atitude intacta. Tipo, nós somos, por falta de uma palavra melhor, rebeldes ( risos)."
Mikael também falou sobre as influências típicas no direcionamento musical do Opeth, quando começa a trabalhar em um novo trabalho, " Eu acho que um monte de coisas se relaciona ao que estou ouvindo no momento. Mas, as bandas que estão constantemente na minha playlist são aquelas que cresci ouvindo - bandas como Judas Priest, [Iron] Maiden, Scorpions, Deep Purple, Led Zeppelin, Black Sabbath - esses tipos de bandas - assim como o material de rock progressivo que junto.
" Porém, existem artistas que são mais importantes do que outros, quando estou compondo para um novo disco. Tipo, para esse disco [ Pale Communion], eu estava ouvindo um monte de, sabe... Estou meio que me preparando antes de dizer isso, mas estava ouvindo muito David Crosby e Crosby Still Nash & Young, o que explica um pouco das harmonias vocais do álbum, porque eu sou um grande fã das harmonias vocais do Crosby. Então, escutei muito disso, mas também muita coisa de rock progressivo italiano obscuro e material do início dos anos 70 que eu recolho, porque isso é bombástico, no limite do pretensioso. Sou um grande fã também de Scott Walker ( compositor, cantor e produtor americano), sempre o ouço. Mas, quando eu pego um material para escutar, com exceção do que fiz na música Goblin, tento não ser diretamente inspirado por aquilo."
O décimo primeiro álbum do Opeth ," Pale Communion", vendeu em torno de 13 mil cópias nos Estados Unidos na sua primeira semana de lançamento, alcançando a posição 19 no chart da Billboard. O disco foi lançado no dia 26 de Agosto, via Roadrunner Records. A arte de capa foi criada mais uma vez por Travis Smith, com a direção de arte de Mikael Akerfeldt.
Fonte: http://www.blabbermouth.net/news/opeths-mikael-akerfeldt-i-might-be-too-old-to-understand-what-younger-generation-thinks-metal-is/#Hjzto1tLY3Sd7wWy.99
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Reviews: Opeth - Pale Communion
O Opeth sempre foi uma banda distinta. Lembro-me com exatidão da minha primeira impressão, ainda garoto, quando meu primo me apresentou " The Drapery Falls", uma longa e hipnótica canção, presente no clássico " Blackwater Park". Eu estava apenas me iniciando no mundo do rock,mas aqueles riffs e acordes me transportavam para uma outra dimensão. Recordo-me também de ter me assustado um pouco com aqueles guturais, mas tudo era tão bem feito e encaixado que, no final, minha resposta foi de aprovação.
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