Centurion Rock: Centurion Classics: Bad Company: Há 41 anos, uma das mais brilhantes estréias da história do Rock

O leitor e o ouvinte de rock e metal no Brasil, em grande parte de menos idade, pode não entender a inclusão deste disco como um clássico aqui no Centurion, mas bastará algumas poucas conferidas em uma dessas rádios online de Cassic Rock dos Estados Unidos para que se tenha acesso a clássicos como " Can`t Get Enough", " Ready For Love" e a própria " Bad Company". O atual seriado Supernatural, além de outros filmes que exploram o rock clássico em suas trilhas sonoras, volte e meia incluem suas músicas, nos dando sinal da amplitude do sucesso alcançado por esses britânicos na terra do Tio Sam. A verdade é que seu debut vendeu tanto na época que, em pouco tempo, o grupo já era escalado como headliner em festivais.

     No dia 15 de Junho de 1974, este supergrupo advindo de ex-membros de bandas como Free, Mott The Hople e King Crimson, batizado de Bad Company, lançava pelo selo Swan Song ( o mesmo do Led Zeppelin), seu disco de estréia, também chamado de Bad Company. Numa época em que as bandas de rock já haviam extrapolado os limites do psicodelismo, o Hard Rock se tornava cada vez mais pesado e os grupos de progressivo se perdiam na megalomania, Paul Rodgers ( vocal), Mick Ralphs ( guitarra), Boz Burrell ( baixo) e Simon Kirke ( bateria) colocavam no mercado um álbum calcado na simplicidade e na emoção.

   " Bad Company" é quase como um convite ao retorno às origens estilísticas do rock. Um álbum direto, básico e simplório para os padrões de sua época, mas repleto de energia e feeling. Não há demonstração de virtuosismo por parte de seus membros. A música valoriza o conjunto ao invés da individualidade, ao passo que a perfeita interpretação das canções na voz de Paul Rodgers, acaba fazendo deste grande vocalista um destaque inevitável.

   De rocks básicos e enérgicos como "Can`t Get Enough"e " Rock Steady" à dançante " Movin`On", passando por blues climáticos e envolventes como na faixa título e no clássico " Ready For Love", além das baladas ( especialidade do grupo), onde o Hard Rock da banda se esbarra no Soul em composições sentimentais nas faixas " Don`t Let Me Down" e " The Way I Choose", até um excelente encerramento no apaixonante folk de " Seagull", os britânicos mostram em apenas 34 minutos e 49 segundos sua capacidade de fazer do simples algo grandioso, numa das mais bem-sucedidas estréias em estúdio da história do rock.