segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Top 2014: Os 7 melhores álbuns do ano segundo Vinicius Tramont




   Dando continuidade à sequência de listas dos melhores do ano, convoco meu amigo audiófilo Vinicius Tramont. Grande fã de bandas como Iron Maiden e Blind Guardian, é sujeito que mais tem ampliado seus horizontes musicais nos últimos tempos que eu conheço. Agora o Centurion Rock reserva o seu espaço para ele.

 



MELHORES DO ANO 2014

1 – Unisonic: Light of Dawn:




 

   Esse é um daqueles álbuns que não dei muito crédito. Pensei, "Deve ser mais uma dessas tentativas fracassadas de união de veteranos para tentar ganhar uma grana. Mais uma disco de Power Metal." Que preconceito! Ao ouvi-lo, fiquei boquiaberto! Me deparei com um Michael Kiske em exuberante forma, indo de Dickinson a Dio, de um vocal melódico ao hard com uma competência gigantesca. Guitarras comandadas magistralmente por Kai Hansen, com bases sólidas e solos típicos do Power e do Heavy Metal. Na minha ótica, Light ofDawn revitaliza esse Power Metal já muito desgastado. Nele encontramos tudo que é obrigatório para o sucesso desse estilo: grandes hits, refrãos grudentos, belas melodias, baladas, momentos “speed”, outros cadenciados e, é claro, clássicos! E isso é o que não falta nesse excepcional álbum. E, com o perdão do trocadilho, destaco “Exceptional”, música que já nasce predestinada ao sucesso!

  Até que para mais um disco de Power Metal, dou 10 pra ele!

Exceptional:
 

 
 

2 - Transatlantic: Kaleidoscope

 


  Vou usar uma palavra para descrever Kaleidoscope: ESPLENDOROSO!!! O quarto álbum do "quarteto fantástico" – Mike Portnoy (ex-DreamTheater), Neal Morse (ex-Spock’sBeard), Roine Stolt (The Flower Kings) e Pete Trewavas (Marillion) , transcende o portal entre o simplório e o complexo. Contando com composições milimetricamente pensadas, o que temos é um álbum que nos leva do erudito ao popular, do sinfônico ao acústico, das notas mais rebuscadas, inundadas de inúmeras quebras e mais quebras da bateria de Portinoy, as mais simples, contudo, transbordando em emoção, que se deeu muito aos excelentes momentos de Morse e às harmonias vocais.

Um progressivo clássico, porém com um guarda-roupas do ano.
 

Into The Blue:

 


 
 

3 - Opeth: PaleCommunion:
 






 


   Caramba! Que álbum difícil de ser assimilado! Entretanto, quando se consegue compreendê-lo, algo mágico acontece e a vibração ao ouvi-lo é imensa! Composições extremamente rebuscadas, um trabalho de bateria robusto, belíssimas harmonias vocais e MikaelÅkerfeldt com um vocal cada vez mais competente e convincente. Abro aqui um parêntese para a épica e sensacional “MoonAbove, Sun Below”, onde podemos conferir a versatilidade do frontman e a constante mudança de andamento e atmosfera que se desenrola ao longo de seus quase onze minutos. Podemos dizer que temos um Opeth cada vez mais progressivo e sólido!

MoonAbove, Sun Below:

 

 


 
4 – Accept:BlindRage:







 
 


   Terceiro álbum do Accept com Mark Tornillo comandando os vocais, Blind Rage surge para mostrar aos fãs que sua escolha foi acertada e que o ex-vocalista e fundador da banda Udo Dirkschneider não está fazendo a menor falta. Além da competente participação de tornillo, mostrando uma boa variação de timbres e abusando de eficientes drives (fazendo-nos lembrar de Brian Johnson, Ronie James Dio e Rob Halford), somos brindados com linhas de guitarras lindíssimas e exímios duelos de solos técnicos e repletos de feeling pela dupla Wolf Hoffmann e Herman Frank (este último deixa a banda após lançamento do álbum). Ressalto também, a boa presença dos coros medievais. Enfim, percebo um Accept coeso, preciso e, essencialmente, Heavy Metal.

DyingBreed:

 

 


5 - EPICA: The Quantum Enigma:
 


 

   The Quantum Enigma pode ser considerado, talvez, como o melhor álbum da carreira dessa espetacular banda de Symphonic Metal holandesa. Une peso, excelentes melodias, divinas orquestrações, o vocal gutural competente de Mark Jansen e uma Simone Simmons cantando de forma magistral, brincando com os tons de sua belíssima voz, transitando habilmente do “Pop” ao lírico. É necessário destacar a forte presença dos corais masculinos e femininos e dos teclados, que unidos criam uma pesada atmosfera melancólica,que nos transporta aos Monastérios da Idade Média. Brilhante!

VictimsofContingency:
 

 

 

6 – PRIMAL FEAR:




 

    O multi projetista, baixista e produtor Matt Sinner, o vocalista Ralf Scheepers e seus companheiros do Primal Fear parecem ter encontrado a fórmula certa e nos oferecem um álbum inundado de feeling, mixando com maestria a energia do Power Metal, o tradicionalismo do Heavy Metal e um tempero Hard Rock. Com uma bateria marcante, excelentes solos, avassaladores riffs das guitarras e ótimos momentos atmosféricos, o que temos são músicas com bom peso, momentos speed e outros bem melódicos. Tudo sabiamente dosado. Já nos vocais, Ralf Scheepers mostra competência e versatilidade, nos dando certeza que seria o substituto ideal em uma possível saída de Rob Halford do Judas Priest. Delivering The Black é, sem dúvida, mais um excelente álbum dessa competente banda do Metal alemão. Obrigatório!

Alive&onFire:

 

 

 
7 - TRESHOLD: For the Journey:


 








   Sensacional! Tá aí uma banda Prog Metal objetiva. O que nós ouvimos em For The Journey  é um som Prog elaborado, porém, sem firulas excessivas! Peso das guitarras, teclado dando o clima e fazendo um ótimo fundo e o excelente vocalista Damian Wilson, mais uma vez, mostrando que é um dos melhores – melódico, mas agressivo quando necessário. Disco flutuando entre um Prog Metal e um Heavy Metal moderno. Destaque pra épica “The Box” e para toda melodia e ótimos riffs da bela “Unforgiven”.

Unforgiven:



 

 
 
·         Menção honrosa:

TUOMAS HOLOPAINEN: The Life and Times ofScrooge

 


 

    O álbum supracitado só não consta na lista por não está contido no universo do Rock e do Metal. Sendo assim, deixo aqui o merecido reconhecimento a esse belo trabalho. Não tem como ficar imune a essa obra de arte musical, brilhantemente, composta por Tuomas Holopainen,tecladista e líder da banda finlandesa Nightwish. The Life and Times of Scrooge consiste em uma trilha sonora orquestral, na sua maior parte instrumental, baseada na obra original "The Life And Times Of Scrooge", do escritor Don Rosa, o qual chancelou e até foi responsável pela arte da capa do álbum. A épica história conta a saga do jovem Tio Patinhas ao redor do mundo em busca de riquezas, passando por diversas aventuras, até se transformar no pato mais rico do planeta. Participação de nomes como o vocalista Tony Kakko (Sonata Arctica) e o companheiro de Nightwish Troy Donockley.

A Lifetimeof Adventure:





 


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